Categoria: Plinio Motta

Terra Natal

Autoria: Plínio Motta. Publicado na Folha Nova, nº 430, Em 15 de Novembro de 1922. De contar eu não me acanho O que vou contar agora: Nos belos tempos de antanho Assim despontava a aurora. Eu, humilde camponesa, Cobria-me dos primores Que enfeitam a Natureza, Principalmente de flores. Ao vestir-me a Primavera, Essa estranha costureira, …

Canto Materno

Autoria: Plínio Motta. Publicado na Folha Nova, nº  1.758, Em 10 de Dezembro de 1950. Canta a mãe. A voz lhe é doce, De ritmo sonoro e brando. Cantava como se fosse Um anjo do céu cantando. Canto de mãe é celeste. Tem, por isso, além de lindo, Pureza de flor agreste, Que ainda se …

Tardes de Minha Terra

Autoria: Plinio Motta. Publicado na Folha Nova nº 425, em 15 de Novembro de 1922. Flamea o sol a se esconder na serra, Nos píncaros azuis de ouro esbatidos; Por toda a parte um misticismo erra, Erram poemas vagamente ouvidos… São cantigas ao longe… São rangidos Dolentes de porteira… um boi que berra… E são …

De volta ao Carmo

Autoria: Plínio Motta. Publicado na Folha Nova, nº 1.343, em 20 de Setembro de 1942. Até que enfim lá vejo o povoado Minha terra natal, meu doce abrigo. Já avisto o morro do cruzeiro antigo, E a capelinha branca do outro lado. E a praça da Matriz, e o descampado Aquém, e o rio, onde …

A um mestre-escola de Minas

Autoria: Plínio Motta Publicado na Folha Nova, nº 1.144, em 4 de Setembro de 1938 Seu casaco, de ano a ano, Vai perdendo a cor e o jeito. Já não se conhece o pano Com que, primeiro, foi feito. Com dez mil réis por semana É que passa o pobretão; Almoça pão com banana E …

Jura Macabra

Autoria: Plínio Motta Publicado na Folha Nova, nº 1.088, em 2 de Maio de 1937 Quando eu morrer, ouvi-me o que vos digo: Hei de vir visitar-vos como amigo. À meia-noite em ponto, a essa hora morta, De vosso quarto baterei à porta; Darei, lembrai-vos bem, quatro pancadas, Vagarosas, soturnas, prolongadas. Vosso aposento, misteriosamente, Clareia-se …