
Pavoroso Incêndio no Centro de Silvestre Ferraz
Autoria: Fernando Pena.
Publicado na Folha Nova, nº 1.344,
em 27 de Setembro de 1942.

Rua Padre Cardoso em 1939 – A casa de Elisa Gorgulho era a segunda à esquerda, abaixo da casa da família Noronha
Embora ao alarme acudissem numerosas pessoas, ao princípio, e grande massa popular, pouco mais tarde, foram baldados todos os esforços envidados no sentido de apagar o fogo.
Avultado prejuízo causado pelo incêndio

Rua Padre Cardoso em 1947 – Restou apenas a base do casarão do Dr. José Paulino Ribeiro Gorgulho – o Dr. Zeca
As causas que deram origem ao incêndio são ainda desconhecidas e, ao nosso ver, difíceis de serem descobertas, diante do montão de ruínas que ficou no local do sinistro.
Desacostumada que está com tais casos, a nossa população alarmou-se e com razão, em face da lamentável ocorrência, pela rapidez com que se manifestou o incêndio, pelo ineditismo em nossa terra e pelo tom dantesco que apresentava aquela enorme fogueira, a consumir tudo que encontrava ao alcance de suas chamas.
Felizmente não houve vítimas a lamentar em todo o acontecimento, estando a polícia em diligências, com abertura de inquérito.
Finalizando, não podemos deixar sem um registro a nobre atitude de todos que procuraram combater as chamas e, sobretudo, impedir que o fogo se alastrasse pelos prédios vizinhos, especialmente a casa residencial da família Noronha, a mais ameaçada de propagação devido à pequena distância que guardava do prédio em chamas.
Fernando Pena
Silvestre Ferraz, Setembro de 1942
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